Com a permissão do governo, cientistas da Academia de Ciências Médicas Militares da China poderão dar início aos ensaios clínicos em estágio inicial da vacina até a sexta-feira (20). A notícia foi publicada no ‘Diário do Povo’, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, que governa o país.
Teste em humanos nos EUA
Nos Estados Unidos, na segunda-feira (16), o primeiro teste em humanos para avaliar uma vacina contra o coronavírus teve início em Seattle, um dos estados mais afetados pela covid-19, informaram as autoridades de saúde do país. Contudo, pode levar de um ano a 18 meses para que a vacina esteja disponível, já que são necessários mais testes.
“O teste em estudo aberto incluirá 45 voluntários adultos saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos, durante aproximadamente seis semanas”, afirmou o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) em comunicado.
A vacina foi desenvolvida por cientistas e colabores do NIH, num trabalho conjunto com empresa de biotecnologia Moderna, com sede em Cambridge, Massachusetts. A Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), com sede em Oslo, Noruega, também direcionou fundos para a implementação do medicamento.
O teste de Seattle estudará o impacto de diferentes doses administradas por injeção intramuscular no braço do paciente, enquanto os participantes serão monitorados quanto a efeitos colaterais, como dor ou febre.
“Encontrar uma vacina segura e eficaz para prevenir a infecção de SARS-CoV-2 é uma prioridade para a saúde pública”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas.
Atualmente, não existem vacinas ou tratamentos aprovados para a covid-19, que infectou mais de 175.000 pessoas em todo o mundo desde que surgiu na cidade chinesa de Wuham (centro), no final de dezembro. Até o momento, 7.000 morreram em decorrência da pandemia, segundo uma contagem da AFP, a maioria na China, seguida pela Itália.
Os coronavírus são esféricos e têm picos que se sobressaem em sua superfície, o que lhes dá a forma de uma coroa. As pontas se aderem às células humanas, permitindo que o vírus entre. (G1 e JC)