Brasil precisa aumentar em 20% o total de leitos de UTI para adultos no SUS para tratar coronavírus, diz entidade médica

Brasil precisa aumentar em 20% o total de leitos de UTI para adultos no SUS para tratar coronavírus, diz entidade médica

A associação dos médicos que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva afirma que o Brasil precisa aumentar em 20,2% o total de leitos para adultos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir o tratamento de pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

O cálculo é baseado em dados divulgados pela Ministério da Saúde e números fornecidos ao G1 pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

O mundo vive uma pandemia do novo coronavírus, o Sars-Cov-2. Foram registrados mais de 142 mil casos em pelo menos 118 países, com mais de 5 mil mortes. O último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, neste sábado (14), indica que o Brasil tem pelo menos 121 casos, sem mortes.

As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro já registram a chamada transmissão comunitária, quando não é mais possível rastrear a trajetória dos contágios.

A previsão é que o total de infecções aumente entre brasileiros nas próximas semanas.

Atualmente, há 14,8 mil leitos de UTI para adultos disponíveis no SUS, dos quais 14 mil (95%) estão ocupados, segundo a Amib. De acordo com a entidade, são necessários 2.960 novos leitos para garantir os tratamentos da Covid-19. O ministério não comentou sobre os dados de ocupação.

No início da epidemia, em janeiro, o Ministério da Saúde anunciou a contratação de mil novos leitos de UTI para tratar eventuais pacientes com a doença pelo SUS. Na quinta-feira (12), um dia após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar pandemia de coronavírus, a pasta reforçou a estratégia e anunciou que serão 2 mil leitos a serem instalados nos estados, conforme a necessidade de cada um.

As UTIs são importantes no tratamento de pacientes infectados, segundo um estudo feito pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência e pela Amib. A pesquisa aponta que cerca de 30% dos pacientes da China, onde o surto da doença começou, foram tratados em UTIs, principalmente para ter melhor suporte à oxigenação. (G1)

Google+ Linkedin

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

*

*