Irã pede explicações ao Brasil sobre nota de apoio aos Estados Unidos

Irã pede explicações ao Brasil sobre nota de apoio aos Estados Unidos

O Irã pediu explicações nesse domingo (5) a representantes da diplomacia brasileira sobre o posicionamento do país após o ataque realizado pelos Estados Unidos no Iraque, que resultou na morte do general Qassem Soleimani, que era comandante da Guarda Revolucionária do Irã. Com o embaixador de férias, uma reunião foi realizada entre a encarregada de negócios da embaixada brasileira, Maria Cristina Lopes, e o Ministério das Relações Exteriores iraniano.

A informação da reunião foi confirmada ao jornal O Globo. O Itamaraty não divulgou o teor da conversa, mas afirmou que “transcorreu com cordialidade”. Além do Brasil, foram pedidos esclarecimentos para representantes de outros países como Alemanha e a Suíça.

A reação do Irã veio em resposta a nota divulgada pelo Itamaraty na última sexta (3). No texto, sem mencionar a morte do general iraniano, o governo brasileiro manifestou apoio “à luta contra o flagelo do terrorismo” e afirmou que a situação “requer a cooperação de toda a comunidade internacional”.

Além disso, a mensagem informa que o Brasil “está igualmente pronto a participar de esforços internacionais que contribuem para evitar uma escalada neste momento”. Destaca também a intenção do País de participar das ações por considerar que “o Brasil não pode permanecer indiferente a essa ameaça, que afeta inclusive a América do Sul”, referindo-se aos terrorismo.

A nota brasileiro veio após a declaração dada no mesmo dia pelo presidente Bolsonaro à TV Bandeirantes. Na ocasião, disparou críticas ao Irã e defendeu o presidente Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. “A nossa posição é a de se aliar a qualquer país do mundo no combate ao terrorismo. Nós sabemos o que em grande parte o Irã representa para os seus vizinhos e para o mundo”, declarou Bolsonaro.

As declarações foram avaliadas pelo próprio Governo Brasileiro. As alas militares pediram cautela e insistiram que o Brasil se mantivesse neutro no caso, por avaliar relações diplomáticas e comerciais. (Correio)

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