Preocupado com possível radicalização, Exército ainda vê Bolsonaro e Lula contidos
O Exército teme o risco de radicalização entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas considera que tanto o presidente quanto o ex-presidente foram razoavelmente contidos em suas manifestações iniciais após a libertação do petista.
A avaliação foi colhida em um churrasco de comemoração do aniversário do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, ocorrido na tarde deste sábado (9) em Brasília, e em conversas posteriores.
O general fez 68 anos na última quinta-feira (7), dia em que Lula foi beneficiado pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) derrubando a prisão para condenados em segunda instância.
O petista foi solto na sexta (8) e, enquanto os comensais chegavam para a festa, no Clube Pandiá Calógeras, no Setor Militar Urbano da capital federal, Lula fazia um discurso para seus apoiadores em São Bernardo do Campo (SP).
O ex-presidente foi o assunto do churrasco, que reuniu principalmente oficiais-generais da reserva, mas não só. O presidente Bolsonaro e o comandante do Exército, Edson Pujol, estavam presentes durante parte do evento, que contou com pouco mais de cem convidados.
Pujol, que vem mantendo uma linha de distanciamento de um governo fortemente integrado por oficiais da reserva e alguns da ativa, presidido por um capitão reformado, surpreendeu alguns presentes ao se dizer muito preocupado com a possibilidade de radicalização de lado a lado. (Folhapress)