Governo pedirá ajuda de outros países para investigar navio grego

Governo pedirá ajuda de outros países para investigar navio grego

O governo federal vai pedir ajuda de outros países, entre eles, Grécia e Cingapura, na investigação sobre o navio grego que transportava o óleo que atingiu a costa do Nordeste. A Interpol também deverá ajudar. O delegado da Polícia Federal e chefe de Serviço de Geointeligência da corporação, Franco Perazzoni demonstra otimismo no andamento da apuração, que contou com o auxílio de imagens de satélites e simulações.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, afirmou que o prejuízo do Brasil será na casa dos bilhões. A multa máxima por danos ambientais aplicada pelo Ibama é de R$ 50 milhões. Mas é possível haver mais de uma penalização, explicou.
Embora a quantidade de manchas tenha diminuído por toda a costa, como o produto está, em grande parte, submerso, é de difícil visualização. Por isso, segundo o coordenador da Operação Amazônia Azul e comandante de operações navais da Marinha, almirante Leonardo Puntel, não é possível descartar que correntes marítimas tragam quantidades ainda maiores do óleo para as praias brasileiras.
Puntel foi obrigado a explicar a incerteza da situação após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ter afirmado, no omingo, que “o pior está por vir”. A boa notícia é que, ao menos por enquanto, o petróleo está chegando em menores quantidades em estados como Bahia e Sergipe. Não houve novos registros no santuário baiano de Abrolhos, e em parte da costa pernambucana o produto não voltou a aparecer. O Ministério da Defesa iniciará, agora, uma nova fase da operação. Militares do Exército e da Marinha atuarão na limpeza de regiões de mangues, estuários e arrecifes do Nordeste. (CB)
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