Teste portátil para a quimioterapia facilitará tratamento personalizado
Uma das principais dificuldades enfrentadas no tratamento de câncer é saber se os remédios quimioterápicos estão fazendo efeito, matando as células tumorais e preservando as saudáveis. Pesquisadores da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, trabalham no desenvolvimento de um dispositivo que poderá ajudar médicos e pacientes nesse sentido. Baseada em inteligência artificial, a solução tecnológica foi apresentada recentemente na revista Microsystems & Nanoengineering.
O dispositivo portátil é capaz de fornecer resultados imediatos e ajudar em análises moleculares adicionais. Para os criadores, ele permitirá intervenções personalizadas, além de melhora no gerenciamento e na detecção de cânceres.
“Nós vislumbramos usá-lo como uma ferramenta de diagnóstico de pronto atendimento para avaliar a resposta do paciente”, explica Mehdi Javanmard, um dos autores do estudo e professor-assistente no Departamento de Engenharia Elétrica e Computação na universidade norte-americana.
A equipe criou o dispositivo para auxiliar o colega Joseph Bertino, pesquisador residente do Instituto de Câncer e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Rutgers. Bertino dedica-se a uma terapia para maximizar a eficácia da quimioterapia e minimizar danos colaterais.
“Ele me perguntou se poderíamos desenvolver uma tecnologia que pudesse avaliar rapidamente se os pacientes responderiam positivamente a essa terapia”, conta Mehdi Javanmard. “Nossa tecnologia combina inteligência artificial e sofisticados biossensores que lidam com pequenas quantidades de fluidos para ver se as células cancerosas são sensíveis ou resistentes a medicamentos quimioterápicos”, resume. (CB)