Observatório a bordo de avião detecta o primeiro tipo de molécula formada no universo
O universo se formou em uma súbita expansão do espaço-tempo chamada Big Bang. Por conta desta alcunha – dada de forma jocosa por Fred Hoyle, que não acreditava nessa hipótese –, essa rápida expansão é muitas vezes confundida com uma grande explosão. Semântica à parte, o fato é que o universo nasceu muito, muito quente e era energia pura. Aos poucos ele foi esfriando e a energia pode se converter em matéria, dando origem às primeiras partículas.
Mesmo quando o universo já tinha prótons e elétrons, ainda levou mais um tempinho para que se formassem os primeiros átomos, principalmente o hidrogênio, um pouco de hélio e pitadas de outros elementos mais pesados, como berílio e lítio, por exemplo. As quantidades certinhas podem ser calculadas a partir das equações de física nuclear em uma disciplina chamada nucleossíntese primordial.
Os cálculos teóricos foram comparados com observações de nebulosas em que a contaminação de elementos produzidos posteriormente por estrelas é baixa. Eram, portanto, nebulosas bastante representativas da abundância química do início do universo, e os resultados estavam em grande concordância. Esse fato é um dos três pilares que sustentam a teoria do Big Bang, mostrando que, apesar de precisar de alguns remendos, ela é uma teoria bem consistente.
Os outros dois pilares são a expansão do universo e a radiação cósmica de fundo.
Mas e quanto as primeiras moléculas? Quando e qual teria sido a primeira molécula formada no universo?