Moçambique multará comerciantes que superfaturam comida após tragédia
A cidade de Beira, em Moçambique, ficou isolada por vários dias, pois as tempestades ocorridas após o ciclone Idai destruíram a estrada de acesso ao local. Com isso, seus cerca de 500 mil habitantes ficaram sem receber comida e suprimentos.
A estrada foi reaberta, mas os moradores seguem com dificuldade para comprar comida. Com a escassez, comerciantes superfaturam os preços. Um frango, por exemplo, passou a ser vendido por até mil meticais (R$ 61), quatro vezes o preço normal, segundo o jornal O País. Há também caso de venda de produtos com validade vencida.
O governo de Moçambique anunciou, na segunda-feira (25), o envio de uma equipe de fiscais para conferir se os mercados estão cobrando preços justos. “Vamos intensificar a fiscalização. Queremos que os comerciantes também sejam incluídos nesse movimento de solidariedade”, disse o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, à imprensa local.
A passagem de um ciclone, em 14 de março, seguida de fortes tempestades e inundações que duraram dias, deixou ao menos 686 mortos em Moçambique, Zimbábue e Maláui, três países do sudeste da África.
“A insegurança alimentar segue grande. Alguns estão em situação realmente crítica”, disse à reportagem Carlota Silva, vice-chefe da missão da entidade MSF (Médicos Sem Fronteiras) em Moçambique. (Folhapress)