PF pede ao WhatsApp números que dispararam mensagens em massa
A Polícia Federal quer saber de que números de telefone e de que dispositivos partiram os disparos de mensagens em massa durante a eleição por meio do WhatsApp. A PF enviou nesta semana um ofício para a empresa requisitando essas e outras informações, inclusive o conteúdo do material transmitido pelo aplicativo. A polícia quer identificar, por exemplo, se as mensagens eram negativas ou positivas em relação aos candidatos.
Um inquérito foi instaurado após reportagem da Folha de S.Paulo revelar a atuação de empresários apoiadores de Jair Bolsonaro,candidato do PSL à Presidência, na compra de pacotes de mensagens para disseminar material antipetista (Fernando Haddad, do PT, é o adversário de Bolsonaro no segundo turno). A prática é ilegal e tornou-se também alvo de investigações no âmbito da Justiça Eleitoral.
Nos bastidores, a polícia se diz pessimista sobre o tipo de ajuda que o WhatsApp poderá fornecer aos investigadores. O caso está sob sigilo. A investigação tem prazo inicial de 30 dias, mas pode ser prorrogada. Nos últimos anos, a empresa, em alguns casos, tem informado às autoridades não ter acesso a dados e, por isso, diz não ter como ajudar.