Pernambucanos usuários das redes sociais vêm sendo alvos de um novo golpe aplicado pelo aplicativo Instagram. A Delegacia de Crimes Cibernéticos, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, já registrou três ocorrências semelhantes. De acordo com o relatado pelas vítimas, um bandido hackeia a conta do usuário, se passa por ele e pede dinheiro a amigos e familiares por meio de mensagens enviadas pelo direct, ferramenta de mensagens privadas da rede.

Uma das vítimas foi a personal trainer Elisabeth Siqueira Campos. Nessa terça-feira (23), ela recebeu um alerta de acesso de sua conta do Facebook em outra cidade, e imediatamente reportou a atividade irregular  aos suporte técnico da rede social. Quando tentou entrar no Instagram, o acesso já estava indisponível. “Tentei logar de novo, redefinir senha, mas já estava tudo alterado, não consegui”, disse Elisabeth.

Quando fez contato com amigos e familiares para alertar sobre a possibilidade de ter tido a conta invadida, ela descobriu que o estelionatário já tinha agido e pedido dinheiro aos seus contatos na rede social. Segundo a personal trainer, dois amigos caíra no golpe e fizeram transferências bancárias que totalizaram cerca de R$ 2 mil. “As mensagens não param de chegar, a pessoa continua online e atuante no meu perfil. Já denunciei e pedi para que as pessoas que conheço denunciassem, mas a conta ainda não foi desativada”, explicou.

Segundo o OP9, outros dois profissionais de educação física denunciaram o golpe na Delegacia de Crimes Cibernéticos. Um deles, Leonardo Pacheco, fala que o caso dele é idêntico ao de Elisabeth. “Não tem nada de diferente. A sorte foi que as pessoas que receberam mensagens me ligaram imediatamente e não houve prejuízo, mas ele pedia quantias de R$ 500 em diante”, disse.

De acordo com o delegado Derivardo Falcão, da Delegacia de Crimes Cibernéticos, a recomendação para que isso não aconteça é que, no caso de as pessoas clicarem em links suspeitos e eles não levarem aos locais prometidos, não usar mais o computador antes de fazer uma limpeza. Caso seja identificado, o responsável pelos golpes pode responder pelo crime de estelionato com agravante de invasão de dispositivo e falsidade ideológica. As penas somadas podem gerar até dez anos de reclusão.