De todos os candidatos, aqueles que disputam o cargo de deputado foram os que mais receberam recursos, ficando com mais da metade do que foi repassado pelos partidos.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral, divulgados no dia 17, mostram que o total de recursos financeiros transferidos pelos partidos políticos aos candidatos a deputado federal foi até agora de quase 772 milhões de reais.

Para os demais candidatos os recursos dos partidos correspondem a 79% das receitas, já no caso dos deputados federais a dependência dos recursos partidários chega a 89 por cento.

O desembargador eleitoral Flávio Britto, acredita que a grande dependência dos candidatos do fundo partidário se dá porque não existe ainda no Brasil a cultura da doação direta para as campanhas.

“A forma de contribuição ela tem sido um pouco tímida e ela decorre do descrédito que a população em geral hoje tem de boa parte da classe política.”

As doações de pessoas físicas não chegam a sete por cento do total gasto nas campanhas.

Para o cientista político André Pereira César, a doação privada para as campanhas acaba reforçando o personalismo, o que pode dificultar a renovação dos quadros políticos.

“Quem está no poder a tendência é ele se manter no poder. As figuras que comandam os partidos, as oligarquias partidárias estão aí. Então a tal da renovação fica realmente quase inviabilizada.”

Com a proibição de doações de empresa o autofinanciamento das campanhas representa nove por cento das receitas; as doações de pessoas físicas, sete por cento; e doações de outras fontes, quatro por cento.

Outra novidade desta campanha são os sites de financiamento coletivo que até agora arrecadaram sete milhões de reais para todos os candidatos, representando 0,37 por cento do total das receitas.

Com informações Agência Câmara