Já aprovado no Congresso, subsídio para reduzir preço do diesel depende apenas da sanção de Temer para virar lei

Já aprovado no Congresso, subsídio para reduzir preço do diesel depende apenas da sanção de Temer para virar lei

Durante a paralisação de 11 dias em maio, a principal reclamação dos caminhoneiros era o preço do óleo diesel. Nas negociações para pôr fim à greve, o Governo se comprometeu em ajudar a baixar o preço do combustível. Nesta semana, foi a vez de os plenários da Câmara e do Senado darem aval à negociação, aprovando a medida provisória (MP 838) que autoriza os cofres públicos a bancarem 30 centavos do preço de cada litro de diesel, para diminuir o valor que é cobrado nas bombas. O subsídio, que vai valer até o último dia deste ano, depende apenas da sanção do presidente Michel Temer para virar lei.

O deputado Osmar Terra (MDB-RS) lembra que a redução do preço do diesel reflete em toda a sociedade:

“Isso traz uma vantagem enorme para os setores mais importantes da produção nacional, tanto da indústria quanto da agricultura. Também para o transporte urbano. Vamos nos lembrar que os ônibus que circulam nas cidades estão sendo beneficiados no custo pela redução do óleo diesel. E para caminhoneiros também, que fizeram esse movimento forte, poderoso, que obrigou a todos refletirem sobre a grave situação que se encontravam.”

O líder do PCdoB, deputado Orlando Silva (SP) apoia o subsídio para redução do preço do diesel. Mas faz uma observação:

“A Câmara dos Deputados deu um passo quando aprova essa medida, mas não enfrentamos ainda o principal: que a política de preços da Petrobras, a dolarização dos preços dos combustíveis é um absurdo. É isso que produz o preço abusivo do gás de cozinha, o preço absurdo da gasolina e do óleo diesel. A Petrobras tem que se voltar para atender ao interesse da maioria do povo brasileiro; não dos acionistas de Nova Iorque.”

Além da medida provisória sobre o diesel, outra MP aprovada (MP 842) pelos deputados nesta semana é voltada para os agricultores familiares que estão endividados. A queda de braço entre Governo e Congresso por causa da renegociação de dívidas de pequenos agricultores vem desde o ano passado. Primeiro, deputados e senadores deram aos agricultores o direito a descontos e prazo para resolverem as dívidas, assim como os grandes tiveram. O presidente Michel Temer vetou a iniciativa. Os parlamentares derrubaram o veto e transformaram a renegociação de dívidas dos produtores em lei. Então o Governo edita esta medida provisória, restringindo quem tem direito à renegociação com desconto: só produtores do Norte e Nordeste. A comissão mista de deputados e senadores que avaliou esse novo texto devolveu o direito a produtores rurais de todo o país. Além disso, ampliou em um ano, até o fim de 2019, o prazo de renegociação e reduziu os descontos para diminuir o impacto nas contas do Governo. Com acordo entre os partidos, o plenário da Câmara aprovou o texto.

O deputado Julio Cezar (PSD-PI) comemorou a aprovação:

“Esta prorrogação veio em boa hora, como também prorrogou débitos vencidos de agricultores, o que precisava prorrogar. Quem prorrogar vai continuar tomando novos empréstimos tanto no Banco do Nordeste quanto no Banco do Brasil.”

A medida provisória dos pequenos agricultores ainda depende do aval dos senadores. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, já avisou que a MP será votada naquela Casa em 9 de outubro, logo após as eleições.

Com informações Câmara dos Deputados

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