Lava Jato quer proibir Lula de usar cela na PF como comitê de campanha
Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba pediram à Justiça que a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, seja impedida de atuar como advogada de Luiz Inácio Lula da Silva no processo da execução da pena de 12 anos e 1 mês de prisão do ex-presidente. Ao se qualificar como defensora jurídica, Gleisi passou a ter direito de visitar seu “cliente” na cela especial montada para ele na sede da Polícia Federal em Curitiba.
O Ministério Público Federal é categórico ao afirmar no pedido apresentado nesta terça-feira (14), à juiza Carolina Lebbos Moura que Lula e os petistas transformaram a cela na PF em comitê de campanha eleitoral. O ex-presidente teve seu nome registrado pelo PT nesta quarta-feira (15), como candidato do partido a presidente da República – mesmo ele sendo inelegível pelas regra da Ficha Limpa.
“As visitas não tem por objetivo a defesa judicial do apenado, senão a de possibilitar por parte de Luiz Inácio Lula da Silva, a condução e a intervenção no processo eleitoral de quem materialmente está inelegível, transformando o local onde cumpre pena – a sede da Polícia Federal – , em seu comitê de campanha”, informa o documento.
Os procuradores da Lava Jato afirmam que “o fato de ser executada pena restritiva de liberdade em estabelecimento especial, não significa que ao apenado seja permitido, ou assegurado indiscriminadamente receber a visita de tantas pessoas, em qualquer dia, como vem ocorrendo”. (DP)