Doenças já erradicadas voltam a ameaçar o Brasil

Doenças já erradicadas voltam a ameaçar o Brasil

O crescente número de notícias informando o risco da volta de doenças já erradicadas no Brasil como Sarampo e Poliomielite tem preocupado autoridades sanitárias e profissionais de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro são alguns dos estados que já confirmaram casos de sarampo este ano.

As baixas coberturas vacinais, de acordo com o próprio Ministério, acendem um alerta nos especialistas. Apenas no Amazonas e em Roraima, com o surto de sarampo, há cerca de 500 casos confirmados e mais de 1,5 mil em investigação.

Diante dessa realidade, a Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disponibiliza todos os seus agentes para a realização de campanhas de esclarecimento e conscientização das populações que possam ser vulneráveis a doenças transmissíveis.

A pastoral contribui, especialmente, na prevenção defendendo estratégias de cuidado ambiental como saneamento básico, higiene, alimentação e nutrição saudável”, destaca o bispo de Campos e referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Francisco Ferreria Paz.

Dados do Ministério da Saúde mostram que a aplicação de todas as vacinas do calendário adulto está abaixo da meta no Brasil – incluindo a dose que protege contra o sarampo. Entre as crianças, a situação não é muito diferente.

Para dom Roberto Francisco Ferreria Paz, o trabalho da Pastoral da Saúde na conscientização da vacinação tem feito toda a diferença. “Verdadeiramente decisiva uma vez que a vacinação é parte de um processo da educação sanitária que exige acompanhamento. Também para aumentar a eficácia cidadã no processo, pois a vacinação é aplicada em pessoas que merecem respeito, participação e observância nos seus direitos, sendo a saúde uma consequência de um povo mobilizado sujeito ao seu destino”.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), alerta que esse grupo de doenças pode voltar a circular no Brasil caso a cobertura vacinal, especialmente, entre crianças, não aumente. A entidade defende uma taxa de imunização de 95% do público-alvo.

Com informações CNBB

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